Acordei assustado hoje. Tinha sonhado que os antigos caciques tinham voltado ao poder. Graças a Deus isso foi um sonho. Sei que brasileiro tem um grave problema de memória, mas esquecer anos tão difíceis é praticamente impossível. Não estou falando de ditadura não, muito pelo contrário.
Maria do Ingá ainda era jovem, minto. Faltava pouco para se tornar uma bela senhora sexagenária. Casou-se no ano em que me refiro, sinto em não recordar. Pena que enviuvou cedo, coitada. O segundo marido esse muito simplório pouco fez por ela, fazia praticamente o que era obrigação matrimonial, acertada pela lei conjugal.
Esse casamento também não durou muito, quase dois anos. Então a estrela que brilhava forte e imponente se apagou. Foi ai que apareceu um jovem rapaz, muito bonito que conquistou o coração da jovem senhora e de todos os seus filhos, quase todos.
O momento desse casamento está complicadíssimo. Ataques são feitos por todos os lados, mas Maria do Ingá fica firme e forte, ainda mais com os novos presentes ganhados do bom rapaz, que beneficiam não a ela, mais sim a seus filhos. E qual mãe não gosta que agradem seus filhos?
Mesmo assim muitos querem que esse divórcio aconteça. Mas uma vez ouvi que em relação de marido e mulher não se deve meter a colher.
Blog do Edson Lima 
